CROSP alerta: argila não substitui o creme dental

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Comunicado do CROSP – 03/01/2017

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) também trabalha em prol da saúde bucal da população. Por isso, defende a utilização de cremes dentais fluoretados, assim como a Organização Mundial de Saúde, da Organização Pan Americana de Saúde e o Ministério da Saúde.

A utilização do creme dental fluoretado é essencial para o controle da cárie. A criança que não o utiliza, é privada do benefício anticárie do flúor. Para diminuir o risco de fluorose, deve-se se usar uma pequena quantidade (igual a um grão de arroz cozido) de dentifrício de concentração convencional (1000-1100 ppm de flúor) e a escovação deve ser supervisionada pelos responsáveis pelas crianças até que elas dominem esses cuidados, um processo educativo como qualquer outro.

“Assim como no caso da cúrcuma, não existe evidência científica em estudos de revisão sistemática que comprove a eficácia da utilização da argila para evitar cáries e doenças na gengiva”, afirma o Secretário do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, Marco Antonio Manfredini. “Outro problema é com relação à abrasividade da argila, que diferentemente dos cremes dentais, não possui concentração definida, o que pode causar o desgaste do cemento (estrutura que recobre a raiz dos dentes), causando problemas como a sensibilidade dentinária”.

A utilização do flúor nos cremes dentais e nas águas de abastecimento público possibilita a redução no número de cáries. Em média, crianças que utilizam o creme dental fluoretado têm 30% a menos de cárie. “O flúor vem sendo utilizado no mundo há 60 anos e já há milhares de artigos científicos comprovando os seus benefícios para saúde das populações”, finaliza o Secretário do Conselho.

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